Não é nenhum segredo que as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no Brasil costumam enfrentar uma série de desafios para nascer, crescer e continuar existindo de forma bem-sucedida ao longo dos anos. A alta carga tributária, burocracia e dificuldade de acesso ao crédito são só alguns dos obstáculos que o setor se depara diariamente. Por isso, a tecnologia é hoje mais do que nunca uma aliada para que essas empresas possam fazer mais com menos. Nesse contexto, a automação em nuvem (ou automação em cloud) e as soluções low-code e no-code chegaram para entregar respostas rápidas ao mercado, algo fundamental em um ambiente econômico com pouca estabilidade. Esse tipo de solução representa mais autonomia e competitividade para as PMEs, já que as ajuda principalmente a otimizar custos e reduzir tempo em seus processos.
Na realidade dinâmica em que vivemos atualmente, onde existe uma clara limitação de tempo e recursos, ser uma empresa bem-sucedida está diretamente ligado à capacidade de adaptar processos com agilidade. E isso exige ferramentas que permitam uma maior flexibilidade, economia e facilidade de uso. É aí que entram as soluções baseadas em nuvem e as plataformas no-code e low-code. Graças a sua capacidade de diminuir, e inclusive eliminar, a necessidade de grandes equipes técnicas e investimentos altos em infraestrutura, esses recursos ajudam a democratizar a inovação, além de possibilitar que as pequenas e médias empresas testem, ajustem e escalem seus processos com mais rapidez e eficiencia. E isso é possível mesmo em um cenário desafiador como o brasileiro.
Centenas de plataformas digitais para empresas, entre as quais se inclui o Bitrix24, estão aí para mostrar como a automação em nuvem e as soluções low-code/no-code podem ser aplicadas de forma estratégica no dia a dia das PMEs. Com ecossistemas completos, que integram CRM, comunicação interna e gestão de tarefas e projetos, essas ferramentas permitem que qualquer empresa possa automatizar processos de vendas, organizar fluxos de trabalho e centralizar a comunicação com clientes e equipes. Tudo isso de forma ágil, economizando tempo e aumentando a produtividade com poucos cliques.
Descubra como as PMEs brasileiras podem se beneficiar de tecnologias para otimizar processos, reduzir custos e competir no mercado com mais autonomia e velocidade no Bitrix24
Experimente grátis agora!Mas vamos entender melhor o que é cada uma dessas tecnologias, como funcionam e quais são as vantagens concretas da sua adoção nas PMEs.
Acompanhando a ascensão das tecnologias de computação nos anos 2000, a automação em cloud começou a ganhar força a partir de 2006, com o lançamento de provedores como Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud. As três soluções de automação em cloud/nuvem foram as pioneiras, com a IBM Cloud, revolucionando os processos empresariais ao oferecer soluções que já nessa época permitiam automatizar a infraestrutura de TI, reduzindo a dependência de servidores físicos e trabalho manual.
A Amazon Web Services (AWS) foi um dos primeiros grandes provedores a oferecer infraestrutura de nuvem comercial. Dois anos mais tarde, em 2008, surgiu a Google Cloud Platform (GCP), utilizando sua própria infraestrutura de busca e processamento de dados. Em 2010, o Microsoft Azure foi lançado, focando na integração com soluções corporativas e plataformas como Windows Server e Office 365.
Mas o que realmente significa a automação em nuvem no contexto corporativo? Em poucas palavras, refere-se ao uso de tecnologias e ferramentas baseadas em nuvem (em servidores remotos on-line) para automatizar processos e tarefas empresariais, reduzindo a necessidade de intervenção humana e aumentando a eficiência operacional. Esse tipo de automação pode englobar desde a gestão de infraestrutura de TI até fluxos de trabalho internos, atendimento ao cliente e análise de dados.
No contexto das PMEs brasileiras, a solução em nuvem é especialmente importante porque oferece uma redução no investimento em hardware e manutenção, já que os recursos são gerenciados por provedores on-line mais eficientes. A automação em nuvem possibilita a automatização de tarefas repetitivas, permitindo que equipes foquem em atividades estratégicas e de maior valor.
Além disso, graças à facilidade da automação em nuvem, as empresas podem expandir ou reduzir serviços de acordo com a demanda, sem grandes gastos adicionais, e melhorar a segurança e confiabilidade com seus backups automáticos. Nos últimos anos, essa tecnologia passou a promover também uma grande inovação por meio da inteligência artificial e análise de dados, que permitem às PMEs tomar decisões mais informadas e inovar mais em seus serviços ou produtos.
Low-code e no-code são dois tipos de abordagens de desenvolvimento de software. Seu objetivo é fazer com que a criação de aplicações seja mais ágil e simples, reduzindo (ou inclusive eliminando) a necessidade de escrever código manualmente. Apesar de terem surgido antes da computação em nuvem, ainda durante as décadas de 1980 e 1990, foi a nuvem que impulsionou sua popularização em larga escala. Na época em que a tecnologia surgiu, ferramentas como Microsoft Access, FileMaker e Lotus Notes permitiam criar aplicações com pouco ou nenhum código, mas rodavam localmente, ou seja, sem nuvem. Eram soluções limitadas, voltadas a bancos de dados simples ou workflows internos.
Já nos anos 2000, plataformas como OutSystems e Mendix surgiram como low-code, mas ainda não eram baseadas em nuvem e dependiam de infraestrutura on-premise (modelo de infraestrutura de TI nos servidores, softwares e demais recursos tecnológicos são mantidos fisicamente dentro da empresa). Com o surgimento dos primeiros provedores cloud, o crescimento dessas plataformas se acelerou, graças principalmente à escalabilidade, já que antes as ferramentas low-code, que rodavam em servidores locais, possuíam um uso muito mais limitado. A nuvem permitiu que apps low-code/no-code crescessem sob demanda, sem preocupação com infraestrutura. Hoje podemos afirmar que, graças à computação em nuvem, essa tecnologia passou a estar acessível para PMEs. Atualmente, estima-se que mais de 90% das plataformas low-code/no-code são baseadas em nuvem.
Ambas abordagens utilizam Interfaces visuais (drag-and-drop) para montar fluxos de trabalho, componentes pré-construídos (como formulários, bancos de dados e integrações), automação de processos (como, por exemplo, conectar um formulário a um banco de dados sem SQL), e integração com APIs e serviços externos, (como Google e plataformas de CRM).
Mas vamos entender como funciona cada uma dessas duas soluções separadamente:
A automação low-code possibilita a criação de aplicações com pouca codificação manual, usando interfaces visuais e configurações pré-definidas, porém, permitindo a customização com código quando necessário. Sua flexibilidade é bastante alta, já que aceita código personalizado, e seu público-alvo são principalmente desenvolvedores e analistas, já que seu uso está direcionado para aplicações mais robustas, como ERPs e sistemas internos complexos. Alguns exemplos de soluções low-code são os sistemas OutSystems, Mendix e Microsoft Power Apps.
A automação no-code são aquelas que não exigem nenhum conhecimento de programação, possibilitando que usuários não técnicos, como empresários ou designers, criem aplicações usando modelos e componentes visuais. O no-code é ideal para automações simples e rápidas, sites e aplicativos básicos, e sua flexibilidade é mais limitada, mas serve perfeitamente para montar landing pages e programar automações simples. Bubble, Webflow, Zapier e Airtable são alguns exemplos de ferramentas no-code muito usadas por empresas.
Como vimos, as tecnologias de nuvem e as plataformas low-code/no-code há alguns anos vêm revolucionando como as PMEs operam, reduzindo custos, aumentando a eficiência e democratizando o acesso a ferramentas avançadas. Os benefícios que esse tipo de tecnologia pode trazer para as empresas são infinitos e permitem que negócios de menor porte acompanhem as grandes corporações em termos de inovação. Usando esses recursos, as PMEs também adquirem mais resiliência em momentos de crise, já que conseguem se adaptar mais rapidamente a mudanças no mercado e no comportamento do consumidor.
Neste contexto, esses são os principais benefícios que as pequenas e médias empresas podem aproveitar ao apostar em sua transformação digital usando essas duas tecnologias:
Não é necessário investir em hardware/servidores caros.
As empresas podem pagar por uso, conforme a necessidade.
Há menos necessidade de equipe especializada em infraestrutura.
É possível crescer sem limites, aumentando o armazenamento, processamento e usuários conforme o negócio expande.
Há mais segurança e proteção contra perda de dados.
Permite trabalhar de qualquer lugar.
Possibilita uma maior integração e um trabalho em equipe otimizado.
Possui atualizações automáticas, sem a necessidade de se preocupar com patches de segurança ou upgrades manuais.
Permite um desenvolvimento rápido e barato, sem programadores.
Possibilita validar ideias sem investir em desenvolvimento tradicional.
Automatiza processos como fluxos de aprovação de gastos, integração entre CRM e WhatsApp e notificações automáticas para clientes.
Possui uma menor dependência de equipes de TI, já que as equipes comerciais, de RH e marketing podem trabalhar em suas próprias soluções.
Integra-se facilmente com ferramentas como e-mail, redes sociais, ERP e plataformas de pagamentos via APIs pré-construídas.
Uma plataforma low-code permite ajustes com código para necessidades específicas, enquanto uma no-code é ideal para processos padrão.
Trazendo tudo isso para a realidade das pequenas e médias empresas brasileiras, os casos de uso das tecnologias cloud e low-code/ no-code são bastante amplos. Isso porque elas podem ser aplicadas a diferentes áreas do negócio, desde o relacionamento com clientes até a gestão interna e a operação. Isso significa que podem se beneficiar tanto uma loja virtual que deseja automatizar seus pedidos e atendimento, quanto um pequeno escritório de contabilidade que precisa organizar melhor o fluxo de documentos e tarefas entre sua equipe.
A seguir, vamos ver alguns exemplos de casos de uso prático que mostram como essas ferramentas já fazem parte do cotidiano de muitas PMEs e como sua adoção pode ser simples e eficaz, mesmo para quem não tem experiência técnica.
Usando ferramentas como o CRM do Bitrix24 e a plataforma de automação visual Make.com (no-code), as empresas podem fazer com que um lead preencha um formulário no site e seus dados entrem diretamente no cadastro automático no CRM. Uma vez ali, o CRM poderá enviar um e-mail de boas-vindas e criar uma tarefa para o vendedor.
Com a combinação de ferramentas como Google Sheets (nuvem) e AppSheet (no-code), uma planilha pode se transformar em um app de estoque, com alertas de reposição, permitindo que a equipe a atualize via celular, sem precisar de sistemas complexos.
Por meio de ferramentas como WhatsApp Business e um chatbot no-code, os clientes das empresas podem mandar uma mensagem e receber uma resposta imediata de um bot, e, caso seja necessária uma informação mais especializada, o atendimento é então transferido a um atendente.
Usando ferramentas como as do Bitrix24, PMEs podem organizar projetos, distribuir tarefas e acompanhar o progresso em tempo real. A plataforma permite centralizar a comunicação e usar automações simples, como notificações automáticas por e-mail ou Slack via Zapier, quando prazos se aproximam ou tarefas são concluídas, tudo isso sem precisar de conhecimentos técnicos.
A adoção de tecnologias como a automação em nuvem e plataformas low-code/no-code representa um passo estratégico rumo à maturidade digital para as PMEs brasileiras. Em vez de depender de processos manuais, lentos e caros, elas passaram a contar com soluções acessíveis, escaláveis e inteligentes, que contribuem com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho mais produtivo, conectado e eficiente.
Automatizar tarefas repetitivas, integrar sistemas, eliminar retrabalhos e dar mais autonomia às equipes são ações que impactam diretamente no tempo e nos resultados das empresas. Além disso, ao tornar a tecnologia mais acessível, essas soluções reduzem barreiras que antes impediam a inovação em empresas menores.
Em um cenário onde cada minuto e cada centavo valem muito, poder controlar os processos e ter a capacidade de reagir rapidamente a mudanças de mercado é uma vantagem competitiva real. E, à medida que mais pequenas e médias empresas percebem os ganhos práticos dessa abordagem, o uso dessas tecnologias deixa de ser um diferencial e passa a ser um fator essencial para sua sobrevivência e crescimento.